Reencarnação significa a possibilidade que o espírito tem de
regressar à vida física, em um novo corpo, tantas vezes quantas forem
necessárias, para um aprimoramento progressivo, através da aquisição de
experiências e da expiação do passado.
A ideia da reencarnação não é uma invenção ou descoberta da Doutrina
Espírita, pois já vem de outras filosofias religiosas, que, também, a
seu modo acreditavam na vida após a morte e na reencarnação do
espírito. A reencarnação é a única resposta e explicação coerente, com a
ideia que se faz da Justiça Divina e do amor absoluto de Deus para com
todos os Espíritos, sobre o porquê de existirem tantas dificuldades no
mundo, desde ordens físicas até espirituais.
Em geral, a lei da reencarnação decorre da lei do carma (que faz a
alma retornar ao plano físico para equilibrar atos passados) e da lei da
evolução (que faz a alma cumprir etapas precisas de formação e
desenvolvimento). Com o passar das encarnações, o ser eleva-se,
tornando-se menos suscetível às influências do mundo externo. À medida
em que se liberta de vínculos materiais, adquire maior flexibilidade no
relacionamento com a lei da reencarnação. Quanto menos apegos tiver o
ser, mais útil será ao Plano Evolutivo. Dessa forma, pode encarnar com
propósitos bem definidos e abrangentes, como por exemplo, ser alguém que
veio colaborar na elevação do nível de consciência do planeta.
Pela lei do carma material, as encarnações assumem diferentes graus
de importância e função. As do ser humano comum, visam suprir a
necessidade que sua alma tem de viver no mundo denso. As do ser humano
de evolução média, permitem vivências específicas para levá-lo a
reconhecer a meta da sua existência e aprender a colaborar na sua
realização. Há também reencarnações que podem ser chamadas de “repouso”,
nas quais a consciência interior pouco atua, deixando a personalidade
recompor-se de esforços efetuados no passado. Já o homem evoluído, vem
ao mundo físico com a finalidade específica de realizar alguma tarefa da
hierarquia espiritual e não por motivos pessoais, pois sua energia
interior pode fluir com mais liberdade e colaborar com a necessária cura
do planeta. Finalmente, há os que vem para atuar como veículos de
alguma grande energia, consciência ou entidade, como exemplo. Krishna,
Sidarta Gautama e Jesus.
Ao retirar-se do corpo físico, a consciência dá início ao movimento
de recolher-se em si mesma.O corpo etérico, fica então desabitado e
leva, habitualmente algumas horas para se desfazer. Na desencarnação, as
reações, sentimentos, desejos e envolvimentos com os fatos concretos
são os mesmos de antes, nessa fase, em geral o ser procura perpetuar
situações vividas. Muitos desencarnados demoram a reconhecer que
desencarnaram e estão em outro plano, pois quanto mais egoísta o
individuo, maior sua ligação com o mundo concreto, o que o leva a
prosseguir experimentando, no plano emocional, as sensações que conheceu
durante a vida encarnada. Passa-se tempo até que a consciência consiga
desprender-se dos hábitos adquiridos pela personalidade em sua
existência física.
Quando o corpo físico é cremado, a tendência de uma consciência menos
evoluída, é a de permanecer nos arredores dele. Ela ingressa numa
espécie de sono profundo, pois não é amadurecida o suficiente para
interagir de modo lúcido com os níveis sutis. Já o indivíduo mais
evoluído, experimenta, após ter-se retirado do corpo físico e etérico,
algo semelhante ao despertar de um rápido sono e dá prosseguimento, no
plano astral, às experiências e ao ritmo de vida de sua recente
encarnação.
Acreditamos, que, atualmente, muitos espíritos, estejam acordando
para a vida reencarnatória, com maior consciência da evolução
espiritual.
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